Botafogo
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O que mais me chamou a atenção no método do treinamento para habilitados do Espaço Libertas foi a construção passo a passo, com o aprendizado de todas as técnicas, respeitando o tempo de cada pessoa. Isso foi muito valioso para mim! Como pedagoga, fiquei encantada por reconhecer que cada indivíduo tem um tempo para o aprendizado e respeitar isso é essencial quando falamos sobre uma aprendizagem significativa.
Agora vejam só! Eu assumi essa importante tarefa: levar e buscar meu filho na escola foi um grande divisor de águas na minha trajetória!
A verdade é que eu sempre tive medo de dirigir. Tirei a carteira com 18 anos numa ânsia de liberdade que não cabia dentro do corpo da jovem. Decorei a prova, tive sorte e passei de primeira, mas nunca senti que fazia isso com propriedade: primeiro porque não tinha carro, depois porque não precisava de um para me locomover. Me mudei, o tempo passou, fui guardando isso em uma gaveta na cabeça. Era um medo de machucar alguém com um receio de cometer algum erro e me xingarem. Ou talvez tudo isso junto com ansiedade.
Só que aí no ano passado comprei uma bicicleta. E a liberdade que a danada me trouxe alugou um triplex no meu cérebro. A alegria do ir e vir sem depender de ninguém elevada à potência de um carro poderia me trazer uma satisfação sem tamanho. De mãos dadas com meu medo digitei no google: “aula para quem tem medo de dirigir” e surgiu uma clínica: com psicólogos e instrutores, numa dobradinha inteligente e humanizada. Me assustei ao perceber que isso era um negócio, afinal não era meia dúzia de pessoas que sentiam o que eu sentia, vejam só.
Depois de boicotar algumas aulas embarquei no processo e passei algumas horas com instrutores dentro de carros. Descobri que 98% dos alunos são mulheres. Pois é, quem mais se importa com isso a ponto de entrar em uma clínica é percentualmente quem menos comete acidentes. O que será que isso nos diz sobre a sociedade que a gente vive? Fiquei pensando sobre o quanto o meu medo, sempre bem real, também era sistêmico. E o quanto isso de alguma forma cresceu comigo ou chegou em mim.
Hoje foi o meu último dia de aula. Vinte anos depois de tirar a carteira posso dizer que o medo não foi embora, mas que agora ele fica fora do carro. Pela primeira vez na vida fui sozinha, dirigindo, buscar meus filhos na escola. E a satisfação que isso me trouxe, a calmaria misturada com liberdade tão vibrando bem aqui dentro de mim. Como disse Djamila Ribeiro, que está tirando a primeira carteira agora com 43 anos, a verdade é que todas as mulheres já dirigem tantas coisas na própria vida e na dos outros que o carro é para ser apenas mais um nessa estrada. Por isso coragem, foco e rua. Um brinde!
“Sim, eu dirijo. Essa frase que parecia um sonho tão distante na minha vida só foi possível graças ao Espaço Libertas. Aqui encontrei o suporte técnico e emocional para adquirir essa habilidade. A terapia em grupo é um processo de auto conhecimento fantástico. Se por um lado a técnica é adquirida ao longo das aulas práticas, a confiança é construída ao longo do acompanhamento psicológico. Na terapia você encontra as ferramentas para superar o medo de dirigir. Encontrar e escutar pessoas que estão no mesmo processo faz toda a diferença.”
“GRATIDÃO AO ESPAÇO LIBERTAS!!! O trabalho dos instrutores, em especial do Rafael foi extraordinário!! Aprendi técnicas que, tenho certeza, não me ensinaram na autoescola, tive apoio e orientações que me ajudaram a ter mais segurança e a perceber a minha capacidade. No grupo de apoio, orientado pela Bruna, encontrei um ambiente seguro. Reconquistei a liberdade de ir e vir, sem depender de terceiros….me tornei um exemplo para minhas filhas, que já manifestam o desejo de dirigir como a mãe”
Quando fiz a primeira aula vi que lembrava de como funcionava um carro manual, morria de medo de deixar o carro desligar, pois me preocupava com o julgamento dos outros motoristas.
Mas as aulas foram passando e essa preocupação com o julgamento alheio foi indo embora. Quando vi já estava dirigindo tranquila.
Hoje quando pego meu carro, escutando minhas músicas em paz, nem acredito que eu consegui! É muita felicidade!
Quando fiz minhas primeiras aulas eu só tive uma certeza: eu queria muito estar ali novamente, a cada aula, cada aprendizado e cada progresso, mesmo que sutil e gradual, eu sentia que sim seria possível
Com muita paciência, humor e resiliência, tive ao meu lado os melhores ATs e psicóloga, que não me deixaram cumprir o insistente desejo de desistir.
O suor, o medo, as crenças limitantes, a falta de autoestima, a síndrome de impostora… A cada quilômetro rodado foram diminuindo e dando lugar para uma nova motorista.
Essa relação (entre o carro, o trânsito e eu) teve seu tempo respeitado e foi cuidadosamente construída a cada semana. A cada aumento do percurso ou da complexidade dos treinos, via as dificuldades sumindo pelo retrovisor.
Então hoje eu posso dizer, que tudo valeu a pena. Cada buzinada que eu ouvia dos carros, quando eu deixava o carro desligar, todas as vezes que eu morria de raiva na hora de fazer ladeira e eu não conseguia sair rs, rs, rs… cada frio na barriga de quando comecei a dar voltas no meu quarteirão sozinha, etc.
Vale a pena, porque hoje eu tenho uma sensação de liberdade e a realização de mais uma vitória na minha vida. Eu posso ir para qualquer lugar sem depender de ninguém.
Em um dia de fevereiro, despretensiosamente eu joguei no Google: autoescola para habilitados.
Meses depois, quem diria que eu encararia o trânsito de São Gonçalo, levaria uma fechada na contramão na praia de Icaraí e diria para o (instrutor) Nelson: viu só a petulância da criatura? Na maior calma.
Logo no início senti ansiedade, senti medo, mas tive vontade de enfrentar esses sentimentos.
O instrutor também, sempre calma e passando a confiança na minha capacidade me ajudou a internalizar esses sentimentos em mim.
Hoje encerro meu aprendizado na clínica e continuo dia a dia na minha tarefa de seguir dirigindo por aí.
No início não conseguia imaginar que algum dia eu iria dirigir sozinha da zona sul à Barra, que iria no mercado, no shopping, visitar minha família de carro e até fazer baliza na rua (essa última ainda continua me desafiando hahaha).
Mas não é que esse dia chegou? E só chegou porque o processo do Espaço Libertas é muito bom, te colocando em novas situações pouco a pouco, te desafiando e oferecendo suporte quando necessário.
Me sinto segura, mais madura, mais poderosa e feliz, pois posso dizer que agora eu sei e consigo dirigir!!!